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“Talentum” debate a importância das pessoas para gerar organizações ‘que aprendem’

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Foi um debate rico na partilha de experiências e opiniões, o que marcou a mais recente sessão do programa “Talentum” que, organizado pela CEFAMOL, debate os temas relacionados com a Inovação Organizacional e a Gestão de Pessoas nas organizações.


A valorização das empresas, de forma a atrair pessoas e levá-las a querer desenvolver aí as suas carreiras profissionais, a importância da proximidade entre chefias e equipas, a delegação de competências, a capacitação dos colaboradores e, sobretudo, a importância de uma comunicação eficaz que permita conhecer a organização e o seu rumo. Estas foram algumas das principais mensagens deixadas no webinar que, tendo como tema ‘Employer Branding - Os desafios de construir organizações que aprendem’, juntou, no dia 18 de março, uma plateia virtual composta por mais de quatro dezenas de pessoas.


O dinamizador habitual destas sessões, Artur Ferraz, da Internacional Business Consulting (IBC), contextualizou o tema, enfatizando a necessidade de criar uma dinâmica através da qual os colaboradores sejam os principais ‘embaixadores’ de promoção das suas empresas. Para isso, sublinhou, é necessário que conheçam a cultura da empresa e se sintam parte integrante dela. Isto, no seu entender, é imperioso para construir uma imagem forte, capaz de atrair recursos humanos e gerar um impacto positivo na produtividade e nos resultados.


Esta foi uma sessão diferente, com a participação de um painel de debate composto por três responsáveis pela área de Gestão de Pessoas nas suas empresas e que partilharam, de forma muito esclarecedora, as suas experiências a esse nível.


Adriana Silva (Multipessoal), Filipa Queimado (MD Group) e Vera Alves (Grupo Socem) foram unânimes em considerar que no papel do gestor de recursos humanos é fundamental um relacionamento de grande proximidade com as equipas dos vários departamentos, de forma a compreender, mas também a estimular a participação de todos nas decisões das empresas. Contudo, isso torna-se complicado, advertiram, quando tal estrutura é constituída por, apenas, uma pessoa e esta tem como prioridade tratar de todas as questões legais e burocráticas dos colaboradores. Ou seja, é preciso que as empresas invistam mais nesta área, defenderam.



De dentro para fora

Adriana Silva contou que, por força da sua atividade, conhece bem a realidade industrial e de outras áreas de atividade, como os serviços. A temática da Pessoa nas organizações é transversal a todas e, salientou, “é difícil criar uma estratégia quando as pessoas são todas diferentes”. É preciso, no seu entender, “que a área de marketing trabalhe em conjunto com os recursos humanos”. São estes últimos que conhecem as pessoas e, dessa forma, conseguirão, em articulação, criar estratégias mais eficazes.


Num momento em que a indústria se debate com dificuldades para angariar profissionais para as empresas, é “fulcral que se pensem estas questões, de forma a ‘reter’ os talentos”. E isso consegue-se “com proximidade”, salientou. “É fundamental envolver as pessoas, seja na realidade das empresas, seja até nas decisões”, defendeu.


Filipa Queimado, da MD Group, partilhou desta visão. E foi ainda mais longe, considerando que a filosofia ‘Employer Branding’ só resulta se for aplicada “de dentro para fora”. Ou seja, é cada um dos trabalhadores de uma empresa que, com base na sua experiência constrói a marca. Ora, para esta ser positiva, a experiência do trabalhador tem de ser muito satisfatória. Dando como exemplo o que aconteceu no grupo onde trabalha, contou que a imagem se foi consolidando de forma muito positiva através de um processo que classificou como “o acaso do contexto”. A empresa, explicou, teve sempre características associadas ao seu criador, que soube transmiti-las aos colaboradores e envolvê-los, de forma a que se sentissem reconhecidos. E nem sempre esse reconhecimento, frisou, está associado a dinheiro.


O grupo beneficiou, por isso, de uma visão “muito vanguardista” do seu fundador. E hoje, contou, recebe pedidos de emprego de pessoas de vários pontos do país (e até de fora) que têm uma imagem muito positiva da empresa e querem associar-se a ela.


Já Vera Alves, do Grupo Socem, exemplificando com o caso da sua empresa, destacou uma outra característica: os colaboradores sentem-se bem porque “sabem que temos um projeto e que que o concretizamos”. Porque, frisou, “já viram isso acontecer muitas vezes”. E salientou ainda que esta foi, desde o início, a filosofia do fundador do grupo, considerando que, nesta questão, “a liderança é fundamental”.


A empresa foi dando importância aos projetos dos seus colaboradores, por mais pequenos que fossem e, com isso, “as pessoas sentem que integram e são uma parte importante da organização”. Um outro aspeto para o qual chamou a atenção foi a necessidade de “comunicar bem e sempre com a verdade”.


Para Artur Ferraz, os exemplos apresentados demonstram a importância que têm as estratégias assentes pessoas, quando se pretende um eficaz processo de crescimento numa empresa.


A próxima sessão do programa Talentum terá lugar no mês de abril.

Agenda

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