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‘Standardização’ é o caminho para alcançar qualidade e competitividade

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“Não há margem para falhas: se queremos os moldes portugueses competitivos, com qualidade e diferenciação, o caminho é a standardização dos processos produtivos”. Foi com esta advertência que teve início, no dia 10 de maio, o webinar ‘Standardização e Lean Manufacturing’, o primeiro de um conjunto de três sessões, inseridas na iniciativa ‘Tech-i9 Days’, promovida pela CEFAMOL. E este alerta, feito por Carlos Silva, da Moldoplástico, que moderou o debate, serviu de mote para a sessão, que contou com a assistência ‘virtual’ de mais de uma centena de profissionais do sector.


“Um mercado cada vez mais exigente obriga a que as empresas tenham de reinventar-se para se manterem competitivas e, para isso, a otimização é a solução”, adiantou ainda o moderador.


E esta forma de estar nos negócios insere-se naquilo que Tiago Sanchez, do Kaizen Institute, afirmou logo de seguida: tal como na evolução das espécies, as empresas que melhor se adaptarem à mudança são aquelas que permanecerão.


De origem japonesa, o Kaizen (que significa, de forma literal, ‘mudar para melhor’) tem como prioridade o apoio às organizações, de forma a trabalharem nos seus processos de melhoria contínua. E, nesse sentido, desenvolve um conjunto de ferramentas de apoio, que permitem analisar e mudar procedimentos e atitudes no que diz respeito a questões como ‘qualidade’ ou ‘serviço’.


Centrando a sua intervenção neste processo de mudança, Tiago Sanchez deixou um alerta: o crescimento de uma organização está indelevelmente ligado “ao crescimento e à motivação dos seus colaboradores”. Inovar implica também criar condições para tornar as pessoas mais ágeis e capazes de gerar valor acrescentado. E isso reflete-se de forma positiva nos resultados.


Para além disso, é preciso que as empresas definam metas. E, nesse contexto, o principal desafio é que consigam melhorar, anualmente, dois dígitos naqueles que sejam considerados os seus principais indicadores (e que podem variar desde os resultados financeiros à introdução de processos tecnológicos ou mesmo a integração de profissionais capacitados).


“Produzir mais, melhor e mais rápido” é o principal desafio das organizações. Para aí chegar, salientou o orador, é preciso “eliminar tudo aquilo que não tem valor acrescentado (o conceito Lean)”, de forma a alcançar flexibilidade e qualidade e, com isto, “levar cada vez mais valor acrescentado ao cliente”. Esta ‘fórmula’, sublinhou, é válida para qualquer ramo de atividade, incluindo a indústria de moldes. É certo que cada molde é único e irrepetível, mas o processo de fabrico pode, na sua maioria, ser otimizado, lembrou ainda. O objetivo é, no fundo, ir melhorando a gestão diária, apontando como meta a solução dos problemas.


E a integração de processos standardizados, fundamental para cada empresa, está, afinal, nas mãos dos colaboradores, sendo, por isso, imprescindível o papel de uma gestão intermédia empenhada nos projetos de melhoria. Mas não só. No seu entender, é fulcral também o papel do administrador. “Tem de ir ao terreno o maior número de vezes que conseguir, de forma a aferir que o processo que foi definido está, efetivamente, a ser cumprido”, afirmou.



Disciplina

Diana Duarte, da TJ Moldes, e João Paulo Vigário, do MD Group, foram os comentadores convidados para debater o tema.


Para Diana Duarte, a standardização “é uma questão cada vez mais importante para as empresas que, de forma a garantir a rentabilidade, têm de apostar em tecnologias que assegurem a eficiência do processo”. E esta passa por três questões essenciais: cumprir prazos, satisfazer os clientes e reduzir custos. “A indústria está neste caminho, mas cabe a cada empresa fazer a sua análise interna e perceber onde estão os desperdícios e eliminá-los”, considerou.


Já João Paulo Vigário considerou que a gestão diária dos processos “faz a diferença”, não tendo dúvidas de que a standardização é o caminho. Deixou, contudo, uma advertência que, no seu entender, é crucial para o sucesso deste processo: a disciplina. “A otimização dos processos e a motivação das equipas são fatores essenciais, mas a disciplina é fundamental”, defendeu.


Definiu ainda cinco passos que, no seu entender, são os mais importantes no processo de standardização: Definir, Documentar, Tornar Visível, Treinar Pessoas e Confirmar que é cumprido.


A finalizar, Tiago Sanchez deixou ainda um último alerta: o processo de otimização e a aposta na melhoria contínua devem ser responsabilidade de todos na empresa. “Acredito na cultura da melhoria contínua aplicada de forma transversal”, explicou, considerando que poderá haver, numa fase inicial do processo, recurso a equipas externas, mas esse apoio deve ser apenas cirúrgico. “As empresas devem, rapidamente, assimilar o know-how e este deve transitar para as equipas dos vários departamentos, de forma a envolver as pessoas e assegurar que esse conhecimento permanece nas empresas”.


‘Sustentabilidade e o Impacto nos Negócios’, é o tema do próximo webinar, dia 11 de maio. O conjunto de sessões termina no dia 12, com o tema ‘Produção Zero Defeitos’. Os webinares decorrem entre as 14h00 e as 15h30.

Agenda

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