Esta plataforma utiliza cookies de terceiros para melhorar a experiência do utilizador e os serviços que prestamos. Ao continuar a navegar, consideramos que aceita a sua utilização.

Moldes olham fabrico aditivo como oportunidade e não como ameaça

Voltar à listagem

O ‘fabrico aditivo’ foi o tema em destaque, no dia 12 de maio, em mais um encontro do sector, integrado nos trabalhos preparatórios do XI Congresso da Indústria de Moldes, que terá lugar em novembro deste ano. Mais de sete dezenas de profissionais, representando várias empresas, reuniram-se no Centro Empresarial da Marinha Grande para, em conjunto, refletir sobre o impacto que as tecnologias 3D, aplicadas, quer aos materiais plásticos, quer aos metais, estão a ter e vão ter na indústria.




Cada vez mais presente nos processos de conceção, desenvolvimento e fabrico de novos produtos, deverá esta tendência ser encarada como uma ameaça ou oportunidade? A esta, a principal questão levantada no decorrer da sessão, a maioria dos presentes admitiu considerar que se trata de uma oportunidade que deve ser encarada como tal e adotada pelos fabricantes, sob pena de, no futuro vir a constituir-se como uma ameaça.


Tendo como oradores Moisés Domingues (CODI) e Nuno Fidélis (CENTIMFE) e Pedro Lourenço (EROFIO) como moderador, a sessão foi muito dinâmica, contando com a partilha de opiniões e experiências da plateia sobre este tema.


Nuno Fidelis considerou, na sua intervenção que o fabrico aditivo tem vindo a ser adotado pelas empresas nos seus processos produtivos e, por isso, considera esta tecnologia como uma oportunidade. Lembrou a constante inovação que tem marcado o sector ao longo da sua história, sublinhando que, apesar de constantes inovações, o foco da indústria é “o molde” e não a tecnologia com que é fabricado. Por isso, defendeu, cabe aos fabricantes escolherem as tecnologias mais adequadas para o desenvolver, tendo em conta requisitos como preço e prazo, entre outros. O fabrico aditivo, adiantou, surge nesta equação como uma das possíveis soluções para alcançar a qualidade e a desejada rentabilidade.


Mostrando-se convencido de que o fabrico de moldes não será substituído, afirmou, no entanto, que o recurso a estas tecnologias permitirá a criação de “novas áreas e produtos”. E, nesse sentido, advertiu as empresas para a necessidade de se posicionarem neste patamar, fazendo o acompanhamento e vigilância tecnológica, desenvolvendo parcerias, testando e validando soluções internamente e fazendo estudos antes adquirir equipamentos. Por outro lado, dirigindo-se a quem tem ou está prestes a incorporar essa tecnologia, chamou a atenção para a importância da formação de quadros, uma vez que, a exemplo de outros, estes processos produtivos terão de vir a ser certificados.




Ameaça

Já Moisés Domingues, da CODI, empresa que disponibiliza soluções de fabrico aditivo, iniciou a sua intervenção assumindo-se como “o assustador”, considerando que a tecnologia 3D será, nos próximos dez anos, uma real ameaça para o sector dos moldes.


Começou por falar dos polímeros. Apesar de salientar que as impressoras existentes são, por enquanto, “lentas para a produção em massa”, considerou, no entanto, que a evolução não tardará e que, com alguma rapidez, poderão mudar e afirmar-se como alternativa, o que descartará a necessidade do molde. Isso, no seu entender, será a passagem para o ‘fabrico aditivo 2.0’.


“O fabrico aditivo está já presente na nossa indústria”, afirmou, considerando que as empresas estão a adotar essas tecnologias porque “representam valor”. Deu como exemplo a quantidade de OEM, em sectores como o automóvel, que começam a apostar nestas tecnologias que “resolvem algumas das barreiras da fabricação convencional”. E considerou que alguns dos pontos que ainda levantam questões no fabrico aditivo, como o acabamento, precisão, materiais e propriedades, custo e velocidade, estão a ser trabalhadas e as soluções têm vindo a ser melhoradas.


“Temos de olhar o futuro dos moldes de outra forma: Portugal tem de fazer desenvolvimento de produto e adotar tecnologias que nos tornem mais eficazes, senão os nossos clientes deixam de precisar de nós”, concluiu.



Agenda

array ( 'type' => 8, 'message' => 'Use of undefined constant id - assumed \'id\'', 'file' => '/home/cefamol/public_html/datafuncs.php', 'line' => 1423, )