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Empresas familiares têm de acautelar harmonia e sucessão para assegurar competitividade

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“Competitividade e Empresas Familiares: questões-chave”, foi o tema de um jantar-conferência que, organizado pela CEFAMOL, decorreu dia 24 de outubro no Hotel Lis Batalha. O orador convidado, o ex-Secretário de Estado da Indústria e Energia e professor no ISCTE Executive Education, Luís Todo Bom, abordou os desafios e as necessidades estruturais das empresas familiares, perante uma plateia composto por cerca de quatro dezenas de profissionais da indústria, grande parte gestores de empresas de origem familiar.


Com vasta experiência empresarial e autor do ‘Manual de Gestão de Empresas Familiares’, o orador destacou a importância de uma boa gestão, governance e crescimento estratégico, além de recomendar um planeamento cuidadoso da sucessão para preservar a estabilidade e a reputação familiar.




Ao abrir o evento, João Faustino, presidente da CEFAMOL, destacou a relevância do tema para o sector, composto em grande parte por empresas familiares, e lembrou a importância de “enfrentar os desafios antecipadamente para evitar problemas maiores”.


Luís Todo Bom reforçou esta necessidade, afirmando que a performance das organizações (sejam familiares ou não) deve seguir três requisitos básicos: dimensão adequada, gestão eficaz e um sistema de governança sólido. Ressaltou, no entanto, que as empresas familiares têm uma complexidade adicional por envolverem membros de uma mesma família e, ao mesmo tempo, integrarem colaboradores externos. E este ‘misto’ tem de funcionar articuladamente, disse.


De acordo com o orador, uma das questões centrais para as empresas familiares é “o seu crescimento”, que, ao não acontecer, muitas vezes, “limita a competitividade e rentabilidade”. Ao contrário de outros países, onde o sistema fiscal apoia o crescimento, lembrou, em Portugal o crescimento orgânico, com progressos graduais, é a realidade da maioria das empresas familiares, um caminho que, considerou, “por ser lento, muitas vezes, não acompanha a evolução dos mercados”. Por isso, aconselhou as empresas a “diversificar áreas de atuação”. Esta é, no seu entendimento, uma “estratégia fundamental” que, “além de reduzir riscos, ainda promove a harmonia familiar, dando a cada membro a oportunidade de contribuir onde se sente mais capacitado”. Outro ponto que considerou fundamental é “a preservação dos ativos patrimoniais, que funcionam como uma base de segurança para a família”.





Preparar sucessão

A governança, destacou ainda Luís Todo Bom, também deve considerar o núcleo familiar, com regras bem definidas que previnam conflitos internos. Para isso, sugeriu a criação de um Conselho de Família que delibere sobre questões-chave, enquanto, na empresa, recomenda conselhos de administração compostos por membros familiares e externos, bem capacitados para gerirem suas áreas de atuação.


A sucessão, uma das questões mais sensíveis para as empresas, foi abordada por Luís Todo Bom com a metáfora de uma corrida de estafetas, onde o ‘passar de testemunho’ é um processo gradual, que pode chegar a demorar uma década ou até mais. E concretizou: a transição da liderança deve acontecer de forma bem planeada, com o administrador atual a manter o ritmo, enquanto o sucessor amadurece para assumir a liderança.


O orador salientou ainda “a importância da reputação”, não apenas da empresa, mas também da família, reforçando que esta é essencial para o posicionamento das empresas familiares no mercado.

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