Esta plataforma utiliza cookies de terceiros para melhorar a experiência do utilizador e os serviços que prestamos. Ao continuar a navegar, consideramos que aceita a sua utilização.

Market Days promove novas oportunidades para a indústria de moldes

Voltar à listagem

É imperioso que a indústria portuguesa de moldes aposte em novos mercados e áreas estratégicas para garantir o futuro. Esta foi uma das ideias-chave da mais recente edição do Fórum Market Days que, organizado pela CEFAMOL, decorreu no dia 4 de dezembro, no Centro Empresarial da Marinha Grande.




A ação, realizada no âmbito do projeto Engineering & Tooling from Portugal, teve como foco a exploração de novos mercados e sectores estratégicos, destacando oportunidades para a diversificação da indústria de moldes, tendo em conta a redução da dependência do sector automóvel e a entrada em mercados emergentes, e reunindo uma plateia composta por mais de sete dezenas de profissionais desta indústria.


Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, descreveu o evento – que vai na terceira edição - como uma “oportunidade para recolher informações, partilhar experiências e abrir portas para mercados diversificados”. Nesse sentido, a CEFAMOL apresentou o novo plano de promoção internacional para 2025-2026, ainda em fase de aprovação, que prevê a presença em 14 mercados distintos, através da presença em 24 feiras e encontros bilaterais e organização de 12 missões empresariais. A iniciativa, com um orçamento previsional de 2 milhões de euros, pretende ampliar a presença portuguesa em geografias estratégicas, ao mesmo tempo, apostar na consolidação de mercados já conhecidos, como Alemanha, França ou Polónia, entre outros.


Além disso, o plano visa apoiar as empresas a explorar novas áreas sectoriais, como a mobilidade, a defesa e segurança ou os dispositivos médicos, contribuindo para que as empresas se possam integrar em cadeias de valor globais nestes sectores.


O primeiro painel, dedicado à ‘Defesa, Segurança e Aeroespacial’, reuniu, como oradores, Elisabete Pires (IDD) e Mário Rodrigues (AED). Elisabete Pires sublinhou que o contexto atual, marcado por instabilidade geopolítica e aumento de conflitos, abre “oportunidades significativas para a indústria nacional”, incluindo o sector de moldes. Representando a IDD, uma entidade pública ligada ao Ministério da Defesa e ao Ministério das Finanças, esta é a entidade responsável pela gestão da base tecnológica e industrial da defesa em Portugal (BTID).






Oportunidades

De entre os projetos e ações que desenvolve, destacou a plataforma Smart Defence, que, revelou, já divulgou cerca de seis mil oportunidades, em 10 meses. Empresas da indústria de moldes podem integrar projetos em áreas como a aeroespacial, naval e terrestre, tanto em Portugal como no exterior, sublinhou. Além disso, ressalvou a existência de fundos disponíveis a nível nacional e europeu, com destaque para os 1.000 milhões de euros destinados à área de deep tech disponibilizados pela NATO, e iniciativas como a “Diana”, que promovem parcerias e inovação entre empresas.




Mário Rodrigues reforçou a relevância do cluster da AED, que reúne cerca de 150 membros e movimenta 2 mil milhões de euros, com 87% do volume de negócios dedicado à exportação. No seu entender, embora este sector apresente ciclos e barreiras de entrada diferentes da indústria automóvel, oferece oportunidades únicas. Destacou que empresas de moldes podem contribuir para projetos de design de interiores de aeronaves, engenharia estrutural e integração de sistemas, entre outros, referindo ainda o projeto de uma nova aeronave portuguesa, em construção em Ponte de Sôr, como um exemplo de como o sector está em expansão. Para o responsável, “criar sinergias é fundamental para que as empresas portuguesas ganhem dimensão e relevância internacional”.





Desafios

No painel sobre embalagens e eletrodomésticos, Gonçalo Duarte (Eugster Frismag) e Miguel Ritto (PSAplast) abordaram os desafios do reposicionamento estratégico da indústria de moldes.




Gonçalo Duarte enfatizou a pressão para reduzir custos e a necessidade de inovação e contribuição para a sustentabilidade, enquanto Miguel Ritto abordou a complexidade técnica associada ao uso de materiais reciclados e novos polímeros.


Ambos destacaram a necessidade de os fabricantes nacionais se assumirem como parceiros de na criação de valor, de forma a não concorrer apenas pelo preço, o que os colocaria numa posição de desvantagem face a mercados como o asiático.






Dos mercados sectoriais, a sessão prosseguiu para os geográficos. Joaquim Pimpão (AICEP Hungria) e Hélio Campos (AICEP Roménia) partilharam perspetivas sobre estes mercados da Europa Central. Enquanto a Roménia apresenta oportunidades devido à dependência de importações e ao crescimento da economia local, a Hungria destaca-se pelo peso das multinacionais e pela aposta no sector automóvel, que representa 20% do PIB do país. Ambos os especialistas reforçaram a importância de as empresas portuguesas apostarem na participação em feiras e certames locais e estabelecerem parcerias, de forma conseguirem afirmar-se nesses mercados.


A sessão contou ainda com a intervenção de Tânia Mendes (CENTIMFE) que deu a conhecer programas de apoio à inovação, como o Horizonte Europa e o Eureka, incentivando a criação de parcerias internacionais e o aproveitamento de novos modelos de financiamento para ações de conhecimento de mercado, promoção internacional e formação que surgem de projetos que disponibilizam financiamento (cascade funding) para estas intervenções.






Agenda

array ( 'type' => 8, 'message' => 'Use of undefined constant id - assumed \'id\'', 'file' => '/home/cefamol/public_html/datafuncs.php', 'line' => 1423, )