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Empresas de moldes apostam na indústria médica dos EUA

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As empresas de moldes portuguesas regressaram com boas perspetivas da sua participação na feira ‘MD&M East’, em Nova Iorque - um dos maiores eventos dedicados à tecnologia médica, robótica, design e fabrico dos Estados Unidos. A presença nacional, dinamizada pela CEFAMOL, centrou-se na aposta no futuro e na procura ativa de novas oportunidades de negócio na indústria de dispositivos médicos, num evento que decorreu entre 20 e 22 de maio.


Com a participação das empresas AES, Moldoplástico, Socem e Steelplus, a comitiva portuguesa marcou presença neste certame, composto por fornecedores de soluções para a indústria médica.





Patrício Tavares, da CEFAMOL, sublinhou que “a indústria médica é fundamental para o setor de moldes, uma vez que se enquadra na estratégia de diversificação de indústrias clientes, procurando diminuir a grande dependência do automóvel”. E reforçou: “é uma das áreas onde se tem notado uma relevante penetração da nossa indústria, comparando, por exemplo, com outras, como a aeronáutica, ou a da segurança e defesa”. Segundo o responsável, “a indústria de dispositivos médicos tem sido aquela onde, por um lado, as empresas têm apostado mais, e onde já se começa a notar crescimento de exportações”.


A localização da feira foi outro fator determinante. “O mercado dos Estados Unidos é um dos maiores do mundo, com muito potencial para o nosso sector, com uma economia relativamente aberta e acessível – sendo que, neste momento, está dependente daquilo que são as decisões ao nível das tarifas de importação”, reforçou.



Estratégia conjunta

Apesar de ser uma feira internacional, a MD&M East tem um caráter regional. “É, sobretudo, destinada à indústria de um conjunto de Estados próximos de Nova Iorque e não tem o alcance nacional de outras feiras, como a NPE”, esclareceu. Apesar disso, o evento integra várias áreas de especialização, como a ‘Plastec East’ – dedicada integralmente aos plásticos -, mas também a automação e inovação, todas ligadas ao fabrico de dispositivos médicos. Essa segmentação, considerou Patrício Tavares, “faz com que haja uma diversidade de empresas muito interessante”.


A presença nacional fez-se através de um stand conjunto, estratégia que se revelou eficaz: “Permitiu aos visitantes ter uma noção imediata do que é e das potencialidades da indústria nacional, mas permitiu, também, aos expositores nacionais fazerem uma visita pela feira, pelos vários espaços, e identificar potenciais clientes”.


Essa participação coletiva foi também sinónimo de eficiência e resultados: “Partilharam o espaço, partilharam os custos e partilharam os resultados da ação”, enfatizou. No total, realizaram-se mais de oitenta contactos na área dos dispositivos médicos, que serão divididos entre as empresas presentes. Para além disso, surgiram contactos com outras indústrias, também interessadas nas empresas portuguesas.


“As empresas nacionais foram contactadas por diversas indústrias que não apenas a dos dispositivos médicos, que procuravam fornecedores”, destacou, salientando que a avaliação final foi positiva. “As empresas nacionais mostraram-se satisfeitas com os resultados e também com a forma como foi organizada a participação e este partilhar de custos e recursos”.


Para Patrício Tavares, este modelo “é para manter (sobretudo neste mercado), pois permite-nos ir mais vezes ao mercado, com custos mais económicos, partilhados, e com os resultados partilhados”. Quanto ao mercado norte-americano, existe, no seu entender, uma expectativa cautelosa, mas determinada: “Quando fomos, nem sequer ainda havia notícias sobre a questão das tarifas. Mas uma coisa é certa: os Estados Unidos vão ter sempre de comprar moldes fora. As empresas portuguesas serão sempre uma opção, tendo em atenção as tarifas, seja as aplicadas à Europa, seja as dos principais fornecedores desse mercado: o Canadá e o México”, acentuou.


Durante a feira, as empresas nacionais receberam a visita do diretor da AICEP, Carlos Moura, e da técnica superior Virgínia Feitoza, que demonstraram disponibilidade total para apoiar os esforços de internacionalização para este mercado.


As empresas que integraram esta ação, reforçou Patrício Tavares, “têm um trabalho regular com os Estados Unidos, mercado que conhecem e com o qual desenvolvem negócios há algum tempo”.




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