Esta plataforma utiliza cookies de terceiros para melhorar a experiência do utilizador e os serviços que prestamos. Ao continuar a navegar, consideramos que aceita a sua utilização.

PROJETO LOW-CARBON: Nova plataforma e roteiro de descarbonização apoiam empresas rumo à sustentabilidade

Voltar à listagem

A indústria de moldes tem, a partir de agora, duas novas ferramentas de apoio às empresas rumo a uma atividade mais sustentável. O workshop ‘Roteiro para a Descarbonização da Indústria de Moldes’, que decorreu no dia 02 de junho, deu a conhecer novas soluções para as empresas, no âmbito da sustentabilidade, como a plataforma Low-Carbon Footprint e o Roteiro de Descarbonização da Indústria de Moldes, para além de apresentar os resultados finais do projeto Low-Carbon. Este, uma iniciativa da CEFAMOL em conjunto com o CENTIMFE, procura, através de um conjunto de ações, preparar, sensibilizar e capacitar o sector para a descarbonização e sustentabilidade.


A sessão reuniu especialistas e representantes institucionais que partilharam análises, metas e soluções, destacando que a sustentabilidade é, hoje, uma condição essencial para assegurar a competitividade da indústria.


Cláudia Novo, presidente do Conselho de Administração do CENTIMFE, descreveu o projeto Low-Carbon como “um trabalho estratégico e estruturante para o sector”, acentuando que, através da análise da pegada de carbono, ações de formação e da criação de um roteiro de descarbonização, “pretende-se ajudar as PME a integrar cadeias de valor globais cada vez mais exigentes”. “É um projeto-âncora fundamental para a preparação das empresas num novo paradigma económico”, afirmou.


Presente na sessão de abertura do evento, José Pulido Valente, presidente do IAPMEI, destacou a descarbonização como fator crítico para a independência energética e o controlo de custos. Alertou para a urgência da digitalização dos processos, etapa que é, no seu entender, “imprescindível para a integração de tecnologias” como a Inteligência Artificial. “Ainda não estamos a recolher dados suficientes para tomar boas decisões”, afirmou, defendendo uma transformação profunda dos modelos operacionais. Sublinhou também a importância da reindustrialização nacional com base nos sectores tradicionais, como o dos moldes, que têm de sustentar os investimentos do futuro.






Agir com eficácia

Sofia Simões, do LNEG, apresentou o estudo realizado por aquele organismo, em colaboração com as empresas, que identificou as principais fontes de emissão do sector com base em dados de 2019. Explicou os três níveis de emissões – diretas de âmbito 1 (frota, aquecimento, processo produtivo), indiretas de âmbito 2 (como a eletricidade) e outras indiretas de âmbito 3 (como as matérias-primas e os transportes). Este último grupo, salientou, representa a maior fatia, com destaque para o aço (63 %), a principal matéria-prima desta indústria. O objetivo, afirmou, é alcançar uma redução de 56 % até 2050, iniciando-se com metas de 25 % até 2025 e 38 % até 2040. Referiu ainda a urgência de substituir o aço convencional por alternativas ‘verdes’ e de transformar o setor numa “referência competitiva, não pelo preço, mas pela sustentabilidade”.




João Pereira (Getgain Solutions) e Carolina Neves (CENTIMFE) apresentaram a plataforma Low-Carbon Footprint, uma ferramenta digital para as empresas, acessível por qualquer dispositivo móvel que permite calcular a pegada de carbono da empresa e receber recomendações personalizadas. Após a submissão de dados e validação por especialistas de CENTIMFE, é emitido um relatório com a situação atual e propostas de melhoria para a empresa. “É um instrumento simples, mas eficaz, que ajuda as empresas a saber por onde começar”, frisou Carolina Neves.





Da meta à prática

Diogo Arezes, da KPMG Portugal, apresentou o Roteiro para a Descarbonização da Indústria de Moldes, um documento composto por 13 programas e 20 iniciativas que disponibilizam uma abordagem estruturada para a transformação do sector e que estará, em breve, disponível para as empresas. O documento propõe ações nas áreas da energia, matérias-primas, transportes, economia circular e digitalização, de forma a cumprir metas exigentes, como a redução de até 95 % das emissões de âmbito 1 e 2 até 2050.


“A mudança exige planeamento, resiliência e cooperação em toda a cadeia de valor”, afirmou Diogo Azeres, sublinhando a necessidade de monitorizar riscos, criar planos de descarbonização, otimizar recursos e garantir rastreabilidade, reforçando que “a sustentabilidade não é apenas um imperativo ambiental, mas um investimento estratégico”.





Para que se alcancem os resultados pretendidos, é necessário que o mindset acompanhe as medidas e, por isso, a formação é imprescindível. Disso mesmo deu conta Tânia Mendes, do CENTIMFE, que apresentou o programa CIRCVET, composto por um conjunto de cursos de formação, todos assentes na economia circular.





“A sustentabilidade deixou de ser uma opção para passar a ser um imperativo”, considerou, no final da sessão, Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL. Adiantou que com as ferramentas agora disponíveis, “o sector tem à sua disposição conhecimento, meios e orientação para agir”, de forma que as empresas assegurem o seu futuro e competitividade “num mercado global em rápida transformação”.


O projeto Low-Carbon, financiado pelo PRR, visa apoiar a indústria de moldes e a sua cadeia de valor na transição para uma economia neutra em carbono. Através de workshops, ações de formação e o desenvolvimento de ferramentas digitais, o projeto tem capacitado as empresas a implementar medidas de descarbonização alinhadas com as melhores práticas e tecnologias disponíveis.




Agenda

array ( 'type' => 8, 'message' => 'Use of undefined constant id - assumed \'id\'', 'file' => '/home/cefamol/public_html/datafuncs.php', 'line' => 1423, )